Cuidados com o corpo: O diabetes e o cuidado com os pés - Um papo com Dra. Natalia Cymrot

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O diabetes e o cuidado com os pés

Existem dois tipos de diabetes. 
O tipo 1, que é uma doença autoimune de início mais
frequente entre crianças e adolescentes. Nela, a parte do pâncreas que produz a
insulina é atacada pelo próprio organismo e a pessoa precisa repor doses diárias de
insulina como o tipo 2, o mais comum na população, é uma doença crônica
caracterizada pela resistência do organismo à ação da insulina e pela queda na sua
produção. Os fatores de risco para o seu surgimento são: obesidade, sedentarismo,
herança genética, hipertensão, tabagismo, ovários policísticos, e colesterol e
triglicérides altos. Nos dois casos, a ausência ou insuficiência de insulina faz com que a
glicose não entre nas células, sobrando na circulação.

Cicatrização mais lenta
A glicemia alta provoca uma reação inflamatória nos vasos sanguíneos. Enquanto nos
vasos grandes a possível consequência dessa inflamação é a doença cardiovascular, no
caso dos vasos pequenos, que nutrem a pele, ela prejudica a irrigação. Assim, a
cicatrização de lesões na pele é mais lenta.

Perda de sensibilidade
Os nervos, embebidos em glicose e sem irrigação sanguínea adequada, ficam mais
macios e não funcionam perfeitamente. O efeito é a perda de parte da sensibilidade da
pele, além de coceiras generalizadas e da sensação de agulhamento (como se a pele
estivesse sendo espetada).

Infecções
No diabético, o sistema imunológico não funciona corretamente, o que aumenta a
chance de infecções. Elas podem ser causadas tanto por bactérias quanto por fungos,
como é o caso das micoses.

Acantose nigricans
Quando o organismo não consegue gerar insulina, paradoxalmente começa a produzir
uma substância chamada fator de crescimento de insulina. Ela provoca a acantose
nigricans, doença de pele na qual as regiões de dobras, como pescoço e axilas, ficam
escurecidas e espessadas.

Dermatites
A função de barreira para evitar a perda de água pelo organismo não funciona
corretamente no diabético. O resultado é uma pele desidratada, propensa ao
surgimento de dermatites.

Pé diabético
A pele do diabético, portanto, está mais propensa a sofrer lesões e infecções de todo
tipo. A combinação desse fator com outro, a sensibilidade cutânea deficiente, pode
culminar num problema gravíssimo: o pé diabético. Uma simples lesão pode evoluir
rapidamente para uma infecção porque a pele não recebe irrigação suficiente para
recuperar o tecido lesionado.

A principal medida de prevenção das complicações da doença é examinar a pele,
sobretudo dos pés, pela manhã e à noite. Procure por micoses entre os dedos,
pequenas lesões e feridas pelo corpo e, se encontrá-las, vá ao médico assim que
possível.
Beba bastante água e use hidratante para a pele todos os dias para evitar a
desidratação. Um bom ritual diário é lavar os pés com água e sabão, secar bem e
espalhar hidratante hipoalergênico, sem cheiro e dermatologicamente testado.
Cuide dos sapatos. Use calçados confortáveis, de preferência os produzidos
especialmente para diabéticos. Antes de calçar, cheque cada um em busca pedrinhas
ou qualquer alteração na palmilha que possa machucar a sola dos pés.






Dra. Natalia Cymrot – CREMESP 84332-
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